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Religiões de Matrizes Africanas promovem encontro para debater sobre violência e intolerância

O evento, reuniu diversos líderes religiosos na região central da capital

paulista

Por Romulo Bonfim

A Umbanda e o Candomblé são algumas das denominações religiosas, que

participaram do 1º Encontro das Religiões de Matrizes Africanas. A intolerância

religiosa foi o principal tema apresentado no evento, seguidos pela

representatividade e o fortalecimento das doutrinas espíritas. O evento aconteceu

no domingo, 03 de março, no Largo do Arouche, Centro de São Paulo.

As religiões de matrizes africanas, seguem como as mais afetadas pela violência e

a intolerância no país. Segundo o Disque Direitos Humanos, 2023 obteve um

crescimento de 80% maior em comparação ao ano de 2022.

A mãe de santo Oyayemi Shywa Trindade, conhecida como mãe Sílvia, declara que

no passado sofreu perseguição religiosa, na cidade de Itanhaém, sua terra natal.

Hoje, promove ações educativas nos próprios terreiros, para acabar com o

preconceito.

“Fui discriminada por crer em uma religião de matriz africana, mais que isso, por ser

uma mulher travesti. Estudei e voltei para a cidade trazendo políticas públicas e me

tornei o que sou hoje”, conta a religiosa.

Lei de Combate à Intolerância Religiosa

Em homenagem à mãe Gilda, fundadora do terreiro Ilê Axé Abassá, que sofreu

inúmeros episódios de intolerância por grupos de outra religião, foi oficializada em

dezembro de 2007, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, por meio

da Lei 11.635/07.

A coordenadora municipal da diversidade de São Paulo, Léo Áquilla, afirma que o

encontro serve para conscientizar a população do sofrimento, que as religiões de

matrizes africanas vivem todos os dias.

“Recebo várias denúncias de pais e mães de santo, que tem seus terreiros

invadidos, suas imagens quebradas, impedindo-os de exercer sua fé. Estamos aqui

com uma comissão forte e preparada, para lutar pelo respeito às pessoas”, ressalta

Léo.



A Central de Notícias da Rádio VILA ALPINA é uma iniciativa do Projeto A MÚSICA BRASILEIRA CONTRA O RACISMO. Este projeto foi realizado com o apoio da 7ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.

Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.

 

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