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“RAIO-QUE-O-PARTA” EXPOSIÇÃO NO SESC 24 DE MAIO, RETRATA A ARTE MODERNA BRASILEIRA PARA ALÉM DE 1922

Em cartaz, desde o dia 16 de fevereiro, no SESC 24 de Maio, a exposição

“Raio-Que-o-Parta: ficções do moderno no Brasil” traz obras que refletem a noção do que é a arte moderna brasileira, para além da década de 1920.

A exposição, que conta com 600 obras de 200 artistas, veio afirmar que o Movimento que lançou a Semana de Arte Moderna de 1922 para o mundo, não terminou em fevereiro daquele ano e que continua reverberando na atual cena artística contemporânea.

Separados por quatro núcleos: “Deixa Falar”, “Centauros Iconoclastas”, “Eu Vou Reunir”, “Eu vou Guarnecer” e “Vândalos do Apocalipse”, as obras são uma reflexão e análise do extenso território brasileiro, explorando os símbolos modernistas do passado, consequentemente enxergando comportamentos do futuro.

A educadora cultural, Viviane Pinto, que mora em Brasília, faz uma análise desse futuro representado na mostra:

“A gente vem despontando olhares contra a arte, contra a cultura, contra a consciência crítica, através de um pensamento conservador, que não consegue entender o quão o potencial crítico, de mudança e de transformação que tem a arte. Que traz à tona, outras formas de ver o mundo, digamos, que estimula o pensamento crítico, para desejar trazer mudanças e transformações sociais. Isso é mais relevante no contexto político que a gente vive, acirramento de um conservadorismo, vindo de uma ultra direita. É importante parar e olhar quais os projetos políticos tem por trás de cada candidato”, afirma.

Esse projeto explora diversos tipos de linguagens, além das já conhecidas características das belas-artes (desenho, pintura, escultura e arquitetura), traz registros importantes de fotografia, imagens de cinema, revistas ilustradas e todo tipo de documentação escrita.

Obras de artistas afro-brasileiros como Mestre Zumba, Wilson Tibério e Agnaldo Manoel dos Santos manifestam a história de seus antepassados como povos indígenas e minorias imigrantes, geralmente contados por pessoas de uma elite branca e que chegavam a destruir seus lugares de pertencimento, como florestas, quilombos e cortiços:

“Quando eu soube dessa exposição, me interessei, principalmente por causa da abordagem, que trata da Semana de Arte Moderna e do Modernismo e que tem uma relevância para quem trabalha com cultura e artes. Sabe que é um momento importante de vanguarda, para pensar a arte de uma outra perspectiva e não mais colonialista e europeia. Então, quando eu vi a proposta dessa exposição, o que me chamou mais a atenção, foi a possibilidade de conhecer o Modernismo através outras perspectivas e não só da Semana de Arte Moderna e os artistas Modernistas de São Paulo, que tem a sua relevância, mas existem outros muitos artistas de outros cantos do Brasil, que produziam arte e que traz outra perspectiva da realidade social em nosso país e que mostra isso em seus trabalhos artísticos”. conclui.

A exposição “Raio-Que-O-Parta” faz parte do projeto do SESC São Paulo: Diversos 22 - Projetos, Memórias e Conexões” que celebram o centenário da Semana de Arte Moderno, em paralelo ao Bicentenário da Independência do Brasil, cujo objetivo é discutir e ressignificar o passado e transformar os desafios do presente.

O SESC 24 de Maio está localizado na Rua 24 de Maio, 109, Estação República do metrô, em frente a Galeria do Rock

Horários: Terças-Feiras aos Sábados: 10h às 20h00 // Domingos e Feriados: Das 10h00 às 18h00

ENTRADA GRATUITA

Não é necessário fazer agendamento. É importante ter a carteirinha de vacinação. Até o dia 07 de agosto de 2022.

Este projeto foi realizado com o apoio da 5ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária para a Cidade de São Paulo

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