Desde janeiro deste ano, foram registrados ao menos 9 mortos e 10 feridos.
De acordo com o Sindicato, as más condições de trabalho são o motivo para acidentes de ônibus em SP como exaustão física e psicológica, jornada excessiva de trabalho, programação inadequada de horários e pressão para cumprir tabela apertada de viagens.
Essas são algumas das razões que o Sindicato dos Motoristas de Ônibus de São Paulo
(Sindimotoristas) tem apontado como motivo para o aumento de acidentes e atropelamentos envolvendo condutores da capital desde o início do ano.
Um senhor morreu após ser atropelado no Grajaú no dia 20. No mesmo dia, à noite, um outro rapaz teve ferimento no pé, após ser atingido por um coletivo na região de Sapopemba, na Zona Leste. No dia 18, uma idosa ficou presa na porta ao tentar sair do ônibus.
No dia 20 de março, um outro homem teve ferimento no pé após ser atropelado por um ônibus da Via Sudeste em Sapopemba, na Zona Leste da capital. O acidente aconteceu por volta das 22h.
Na região do Parque do Carmo, no dia 18/03, uma idosa ficou presa na porta ao desembarcar do veículo no ponto de ônibus, ela foi arrastada por alguns segundos após a mão dela ficar presa na porta, que seguiu viagem aberta.
Caio (19 anos), morador de Guaianases, estudante do Uniceu e estagiário, usa o transporte público em muitas viagens de manhã para ir ao trabalho, ele disse que já teve problemas com motoristas.
“Acho que pelo fato deles estarem dirigindo um ônibus, se sentem muito mais privilegiados do que os outros motoristas, por isso que não respeitam as outras pessoas, ainda mais quem está à pé, ainda mais as pessoas de idade, também, por conta disso é muita falta de respeito que eles praticam no trânsito,” lamentou Caio.
A Prefeitura informou que a SPTrans, empresa municipal responsável por administrar o transporte coletivo na cidade, enviou um documento às empresas de ônibus cobrando que tomem medidas de segurança para os passageiros.
A SPTrans respondeu que fiscalizará se o bloqueador, conhecido como anjo da guarda, e é obrigatório para impedir que os ônibus circulem de portas abertas, esteja funcionando nos veículos. Caso o equipamento não funcione, a empresa irá lacrar o ônibus e impedir de rodar. Além disso, a viação que descumprir a medida será multada em R$ 792.
A SPTrans ressaltou que determinou que as concessionárias, responsáveis pelas linhas envolvidas nos acidentes prestem o apoio necessário às famílias das vítimas.
Ainda segundo a SPTRans, os dois acidentes estão sendo apurados pelo Programa de Redução de Acidentes em Transportes (PRAT). A SPTrans também fiscaliza se os motoristas de ônibus estão sendo treinados para terem mais cuidados e respeito com os passageiros.
A Central de Notícias da Rádio VILA ALPINA é uma iniciativa do Projeto Elza Soares: a voz do milênio. Este projeto foi realizado com o apoio da 6ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.
Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.
Reportagem: Márcia Brasil
Fonte: Sindimotoristas/ Diário do Transporte / Secretaria Municipal do Transporte
Imagens: Márcia Brasil / Redes Sociais / Diário do Transporte
Comentarios