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MARCHA CONTRA O DESEMPREGO, A FOME, A FALTA DE MORADIA E A INFLAÇÃO MARCARAM A TERÇA-FEIRA (21)

Manifestantes levaram ossos e panelas vazias para denunciar o aumento da miséria, agravada pela crise sanitária.


Na terça feira (21/12), uma série de manifestações contra a fome e a carestia, ocorreram na capital paulista.


Os manifestantes se reuniram na frente de 15 supermercados em diferentes bairros paulistanos.


Os principais protestos foram em frente às estações de trem e metrô dos bairros: Grajaú,Brasilândia, São Mateus, Tucuruvi, São Miguel Paulista, Vila Prudente e Sapopemba, denunciando o desmantelamento de políticas públicas, gerenciadas pelo atual governo federal.


As manifestações foram organizadas pela Central de Movimentos Populares que denunciam a grave crise sanitária, e protestam contra o desemprego, a carestia, a falta de renda e a fome, que atingiu milhares de famílias brasileira e que se intensificou, durante a pandemia do COVID-19.


Atualmente, quase 14 milhões de pessoas estão desempregadas e cerca de 20 milhões de pessoas passam fome ou vivem sob ameaça de insegurança alimentar.


Os integrantes da marcha levaram ossos, faixas e panelas para chamar a atenção das pessoas à respeito da crise social e econômica e que se agravou há 3 anos, bem antes da pandemia, conforme o relato de Alexandre Bonfim, Coordenador Municipal da Central de Movimentos Populares de São Paulo e morador da região de Vila Prudente.



“O Brasil está vivendo um momento muito difícil nos últimos 3 anos. Não foi somente a pandemia que agravou a situação. Foi a troca de governo. O atual governo veio sem proposta nenhuma de políticas públicas, nem para educação, saúde e muito menos para habitação. No primeiro ano de governo, já “estrangularam” o programa habitacional que atendia milhares de brasileiros, por todo o país, que era o “Minha Casa, Minha Vida”.

Criaram o programa “Casa Verde e Amarela” que só atende a classe média alta e o pobre trabalhador, que só ganha 1 salário mínimo, ficou de fora desses programas. É um sonho que foi roubado das pessoas”, afirma Alexandre.


Alexandre também afirma que o bairro em que mora, na Vila Prudente, a especulação imobiliária nos últimos anos, foi o setor que mais faturou e que as pessoas que moram na periferia, estão sendo expulsas de suas casas no, no bairro em que moram, devido ao alto aluguel, por causa dos prédios que são construídos e pensados para as pessoas de classe média alta.


As manifestações também pede atenção do governo federal para a ampliação do Auxílio Brasil, para as famílias mais necessitadas, que informam, que, no momento,esse auxílio, atenderá cerca de 17 milhões de pessoas, excluindo outras 20 milhões, que eram beneficiadas anteriormente e que não terão nenhuma renda para a sua sobrevivência básica.


“Não podemos lutar contra o progresso. Mas esse progresso precisa ser adequado, para que as famílias que lá estão, permaneçam no local e não sejam expulsas. Não tem comida no prato e não tem trabalho. O cartão postal da nossa cidade é morador em situação de rua. As praças estão tomadas por trabalhadores que perderam o emprego, por uma política que não foi pensa da para o nosso país”


A expectativa da Central para 2022 é desanimadora.


“Para conter isso, precisa ter um programa nacional de habitação, que não foi apresentado até agora. O povo sofre muito para poder ter uma casa própria. Quando se fala nesse tipo de programa, na hora de fazer habitação para quem tem direito, dizem que não tem dinheiro. O orçamento para moradia em 2021, foi zero. Não tenho ideia do que vai acontecer no ano que vem. Vivemos um momento muito difícil, mas só a luta pode construir um Brasil melhor”,conclui Alexandre.


Reportagem Caroline Rossetto


Este projeto foi realizado com o apoio da 5ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo



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