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ATROZ: PROJETO AUDIOVISUAL

PROJETO AUDIOVISUAL CONTA A HISTÓRIA DE ATROCIDADES E ABUSO QUE ACONTECEM NA INDÚSTRIA DO ENTRETENIMENTO.

Reportagem: Caroline Rossetto Contemplado com o edital de Fomento à Arte, o ator, performer, cineasta e educador, Ícaro Pio, está lançando o projeto “Atroz”, que foca no audiovisual. Ícaro conta como foi realizar esse projeto: "Atroz'' é um projeto que tem como escopo a produção audiovisual e o cinema. Esse projeto nasceu primeiro como um roteiro. Eu, Ícaro, sou roteirista, além de ator, performer e diretor. Escrevi esse roteiro que é uma minissérie de 5 episódios com cerca de 25 minutos cada. Em cada um dos episódios, vamos conhecer um personagem diferente. São quatro personagens e no final, eles se encontram. As personagens têm algo em comum: são jovens negras e estão trabalhando no audiovisual de alguma forma. É uma obra audiovisual que fala sobre o audiovisual. A linguagem da obra é o metacinema e os três desse personagens são atrizes e um é fotógrafo. O nome da obra é Atroz porque a gente faz uma brincadeira com a palavra por causa da semelhança da palavra atriz/ator, além da semelhança das atrocidades e das crueldades que acontecem na indústria cinematográfica e do entretenimento. Cada episódio, um dos personagens passa por algum tipo de abuso, humilhação e exploração no ambiente de trabalho audiovisual. Abordamos muito a exploração e a falta de dignidade que nós da categoria sofremos” O ator também nos conta que fundou a sua produtora Madrugada Filmes, em 2020, com suas amigas que são produtoras culturais, jovens negras, LGBTQIA+ e da periferia. A produtora prioriza profissionais que estão à margem desse sistema onde o audiovisual está muitas vezes nas mãos de uma hegemonia branca e de elite. Ícaro conta que o roteiro foi inspirado em situações reais e também fictícias: “A história tem um pouco dos dois. Esse roteiro começou a ser escrito em 2020, no início dessa pandemia global. Todos foram afetados e principalmente, os trabalhadores da cultura e da arte que foram muito desassistidos nesse período. Escrevi esse roteiro para expurgar tudo aquilo que eu estava passando enquanto artista, em um Brasil pandêmico, que não tinha a possibilidade de sobrevivência para nós”, conclui. O trabalho será dividido em 4 etapas: pré-produção, produção e gravação da série e pós-produção, com a finalização do material e a distribuição em espaços em São Paulo, em cinco salas da SPCINE em diferentes regiões da cidade: na Zona Leste, Zona Sul, Zona Oeste, Zona Norte e Centro, além da exibição no Centro de Culturas Negras Mãe Sylvia de Oxalá no Jabaquara, onde está localizado o Sítio da Ressaca.

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